Rui: só terá Carnaval se eu não tiver que encarar milhares de mortes na Bahia

Carnaval ainda é dúvida na Bahia
Arquivo/Maurício Maron

O governador da Bahia, Rui Costa, disse hoje em Ilhéus que só vai fazer o Carnaval de 2022 se não tiver que encarar milhares de pessoas, depois da festa, morrendo de Covid. “Não quero botar a cabeça no meu travesseiro e imaginar que parte daquelas mortes foi por conta da minha decisão de permitir a festa. Isso não farei”, afirmou.

Rui chegou a pedir aos que defendem a realização do Carnaval que ajudem a convencer as pessoas a se vacinarem. “Chegou a hora de fazer arrastão, ir aos bairros, ir onde o povo estiver, vacinar, correr atrás da população, subir morro para vacinar”, sugeriu aos prefeitos presentes.

O governador destacou que há 60 dias o governo trabalha mas a doença não consegue cair, mantendo a média de 2.500 casos. Rui lembra que a vacina é o melhor remédio contra a Covid-19 e lamentou que 700 mil baianos não foram tomar a segunda dose quando já deveriam ter ido. “Hoje, exatamente hoje, temos 183 pessoas na Bahia na UTI por conta da Covid. 90 por cento destas pacientes não tomaram vacina nenhuma ou apenas tomaram uma dose”, disse, preocupado.

“Tem gente que ganha 5 milhões (de reais) no carnaval. Eu respeito a opinião destas pessoas. Mas o mais importante que qualquer festa é a vida das pessoas. Ninguém mais do que eu quer voltar à normalidade. Mas tenho que carregar na minha consciência que eu fiz tudo que era possível para salvar a vida das pessoas”, afirmou, sendo bastante aplaudido.

Dos 27 estados da federação, a Bahia tem a segunda menor taxa de mortalidade, atrás do Maranhão.